O PS colocou um conjunto de cartazes em muitos bairros históricos de Lisboa, alguns mesmo tapando monumentos (neste caso parece que a câmara não os considera que prejudiquem o enquadramento ou a estética), procurando passar a mensagem de que o PSD impede a câmara de proceder à recuperação dos bairros, alegando que o PSD ameaça chumbar um empréstimo destinado à reabilitação urbana.
Vale a pena analisar a questão com rigor. O PSD viabilizou um empréstimo no âmbito do plano de saneamento financeiro da CML. Foi o Tribunal de Contas quem o chumbou. Também viabilizou um empréstimo para a reabilitação urbana da zona ocidental. O único empréstimo que foi chumbado estava mal fundamentado, pouco preciso e destinava-se, supostamente, a pagar a fornecedores, quando o presidente da câmara afirmava que já tinha resolvido esse problema.
Importa sublinhar que a viabilização do empréstimo referido no cartaz depende apenas (como em todos os casos) da pertinente justificação e identificação concreta da finalidade a que se destina. Resta perceber se o Dr. António Costa pretende a sua viabilização ou antes procura pretextos para se vitimizar, tentando esconder, deste modo, a sua própria incapacidade para gerir a cidade.
Mas é importante ter presente que, no conjunto, as propostas de empréstimos do actual executivo, se aprovadas, significariam o aumento do endividamento da CML em mais de 500 milhões de euros em menos de dois anos. Este comportamento só tem paralelo nos anos da gestão de João Soares, com consequências para as finanças da câmara que ainda hoje são sentidas.
texto publicado no jornal Meia Hora
domingo, 10 de maio de 2009
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