O próximo Conselho Nacional do PSD será particularmente importante. Com uma Direcção, na prática demissionária, e também por isso muito fragilizada, o Conselho Nacional deverá assumir a responsabilidade, por direito e por prudência, de tomar as próximas decisões da vida do partido.
A questão da marcação dos Congressos do partido (é extraordinário que o partido, no estado em que se encontra se dê ao luxo de se entreter com a marcação de congressos) é a promeira questão a resolver. Serão marcados dois ou apenas um congresso reunindo na ordem dos trabalhos as diversas solicitações? A manter-se o cenário de dois congressos qual se realizará primeiro? O electivo ou o de reflexão? E haverá lugar a alterações estatutárias?
A questão do Congresso do PSD é uma matéria, neste momento, sensível. Manda a prudência e o bom senso que seja tratado sem aproveitamentos pessoais. Uma questão que pode ser polémica mais complexa do que à primeira impressão poderia fazer supor como o Vasco Campilho aqui explica.
Mas temos também a questão da posição do PSD sobre o Orçamento do Estado. Parece-me de elementar prudência, nas actuais circunstâncias, que o Conselho Nacional se possa pronunciar e decidir qual a atitude do PSD sobre esta questão.
Considerando que a posição do PSD no Orçamento do Estado condicionará o futuro papel de oposição do partido, parece-me evidente que deverá ser o Conselho Nacional a pronunciar-se sobre o posicionamento nesta matéria. Se não for o Conselho Nacional (onde as diversas sensibilidades têm assento) a decidir, ficará sempre uma posição frágil e, no limite pouco confiável. Mas será também uma posição egoista pouco preocupada com o futuro do partido.
Sobre o orçamento do Estado, julgo que terá havido um compromisso da presidente do PSD em levar a questão à discussão do Conselho Nacional...
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
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Um comentário:
parece-me evidente que deverá ser o Conselho Nacional a pronunciar-se sobre o posicionamento nesta matéria
O António é daqueles que acha que um Governo a 3 meses do final de mandato não tem legitimidade para tomar decisões.
Lembre-se que esta direcção do PSD foi eleita para um mandato de 2 anos. O mandato ainda não acabou. Pelo menos que eu saiba.
Atenção! Muitas vezes, por interesses pessoais, cuspimos para o ar. Mas não nos podemos esquecer que muitas vezes nos cai na cara.
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