Não, não me baseio em qualquer estudo de opinião embora conheça vários. Apoio-me apenas no que sinto, no que oiço e no que vejo na cidade de Lisboa.
Lisboa necessita de renovar os seus espaços públicos de os tornar agradáveis, limpos e seguros, de os modernizar, de libertar espaço agora ocupado por automóveis encontrando soluções de estacionamento. A conservação dos espaços públicos deve ser uma responsabilidade partilhada. Lisboa deve promover a apropriação do espaço público pelos lisboetas.
Em Lisboa entram e saem diariamente centenas de milhar de pessoas para estudar ou trabalhar. O congestionamento do trânsito na cidade é factor de perda de qualidade de vida na cidade provocado pelo ruído e pela poluição do ar. A restrição à entrada de automóveis na cidade, a fluidez do tráfego automóvel e a aposta na rede de transportes públicos têm de constituir prioridades.
Lisboa é uma cidade de bairros. Cada bairro deve oferecer condições adequadas para os seus habitantes. Creche, escola, centro de saúde, pequeno comércio, equipamento desportivo e jardim são equipamentos que devem ser garantidos em cada bairro.
Lisboa tem um problema crónico com as pequenas coisas: o buraco na calçada, ou na estrada, o candeeiro fundido ou partido, o canteiro mal tratado, um pequeno espaço abandonado, a papeleira derrubada, o lixo que se acumula, o bebedouro que deita água continuamente. Esses são os grandes problemas para muitos lisboetas porque são aqueles com que se vêem obrigados a conviver diariamente. São os pequenos mas persistentes problemas na manutenção da cidade. Resolver estes pequenos grandes problemas significa resolver muitos problemas dos lisboetas.
texto publicado no jornal Meia Hora
sexta-feira, 17 de julho de 2009
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