O estudo prévio do projecto do Terreiro do Paço foi aprovado em reunião da câmara municipal de Lisboa na passada semana.
A proposta apresentada impõe alterações significativas na praça, modificando o pavimento nos materiais, no desenho e até em altura. Altera as circulações e a configuração da zona central, chegando a propor a criação de degraus.
O Terreiro do Paço é a praça mais importante da cidade e seguramente uma das mais importantes do país.
Não é aceitável que a intervenção seja da iniciativa de uma sociedade criada pelo governo sem participação da câmara municipal no capital ou na administração, mas que serve os intuitos do presidente da câmara e conta com a sua aprovação.
Não é compreensível que alterações num espaço tão relevante para a cidade sejam efectuadas sem concurso.
Não é admissível que uma operação tão profunda naquela praça não seja precedida de uma ampla e participada discussão pública.
A pressa, o desespero em querer apresentar obra, qualquer obra para as eleições autárquicas, quando durante todo o mandato nada fez na cidade, leva António Costa a agir de forma irresponsável e a desrespeitar a cidade e os lisboetas.
Não pode, alguém que passa pela presidência da câmara, em fim de mandato, e por razões eleitoralistas, usar a praça mais importante da cidade como instrumento para iludir os lisboetas com obras que ficaram por fazer na cidade.
Perante a situação de atropelo às mais elementares regras de bom senso e de responsabilidade no governo da cidade, os lisboetas têm de se mobilizar para travar este atentado à cidade de Lisboa. Para além da indignação temos de agir! Temos de parar esta irresponsabilidade.
texto publicado no jornal Meia Hora
quinta-feira, 4 de junho de 2009
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