segunda-feira, 29 de junho de 2009
Às pressas...
Obra parada junto ao Chafariz de Entrecampos
Também aqui, o que importou foi montar o estaleiro, colocar lá o cartaz do "obra a obra". Mas terminar, cumprir prazos, isso pouco importa.
No caso desta obra - uma pista ciclável - foi iniciada sem garantir que podia terminar. E agora está parada... Entretanto, os moradores da Rua Infante D. Pedro é que são prejudicados com um estaleiro montado que ocupa o passeio... Precipitações de quem quer fazer de conta que faz. Tudo à pressa só para as eleições.
Obras sem sentido!
sábado, 27 de junho de 2009
Quinta das Conchas e Quinta dos Lilases
A Quinta das Conchas e a Quinta dos Lilases constituem um espaço verde de excelência na cidade de Lisboa. Requalificadas em 2005 e 2007, e situadas no Lumiar, estas quintas são o terceiro maior espaço verde de Lisboa, após o Parque de Monsanto e o Parque da Belavista. Nesta altura do ano é particularmente agradável. Vale a pena visitar.
Quinta das Conchas
Quinta dos Lilases
Esconder as promessas não cumpridas...
Há duas semanas chamei a atenção aqui para uma obra na Alta de Lisboa cuja conclusão tinha sido anunciada para Abril mas que continuava por terminar. O cartaz lá estava.
Agora, diligentemente, esconderam a publicidade enganosa, mas a obra, essa continua por terminar...
Agora, diligentemente, esconderam a publicidade enganosa, mas a obra, essa continua por terminar...
Em 30 de Maio
Em 27 de Junho
Eleições em dias diferentes
Depois de o Governo ter anunciado a data das eleições autárquicas para o dia 11 de Outubro, o Presidente da República marcou as eleições legislativas para o dia 27 de Setembro.
Deste modo, a campanha eleitoral para as eleições legislativas decorrerá entre os dias 12 e 25 de Setembro e a campanha eleitoral para as eleições autárquicas ficará compreendida entre os dias 28 de Setembro e 9 de Outubro.
Embora sendo favorável, por princípio, à simultaneidade de eleições (como sucede na maioria dos países ditos desenvolvidos), creio que Cavaco Silva procedeu bem. Ao ser confrontado com o facto de todos os partidos com assento parlamentar excepto o PSD serem favoráveis à realização das eleições em datas separadas, seria sempre complexo e geraria ruído desnecessário a justificação de uma decisão que contrariasse a esmagadora maioria dos participantes nesses mesmos actos eleitorais.
Nestas circusntâncias, julgo que se correrá o risco de se verificar uma elevada abstenção nas eleições autárquicas. Com três actos eleitorais num espaço de 4 meses e com as eleições autárquicas apenas 15 dias após as legislativas a saturação dos eleitores em relação às eleições pode conduzir a que as eleições possam sofrer com uma fraca participação.
Por outro lado, em relação ao argumento de que a simultaneidade impedia a discussão separada das questões nacionais e locais, creio que se pode manter mesmo com a separação das datas. Recordo que durante o período de campanha eleitoral autárquica poderá estar em discussão a formação de uma maioria parlamentar com maior ou menor polémica caso não se verifique nenhuma maioria absoluta.
Deste modo, a campanha eleitoral para as eleições legislativas decorrerá entre os dias 12 e 25 de Setembro e a campanha eleitoral para as eleições autárquicas ficará compreendida entre os dias 28 de Setembro e 9 de Outubro.
Embora sendo favorável, por princípio, à simultaneidade de eleições (como sucede na maioria dos países ditos desenvolvidos), creio que Cavaco Silva procedeu bem. Ao ser confrontado com o facto de todos os partidos com assento parlamentar excepto o PSD serem favoráveis à realização das eleições em datas separadas, seria sempre complexo e geraria ruído desnecessário a justificação de uma decisão que contrariasse a esmagadora maioria dos participantes nesses mesmos actos eleitorais.
Nestas circusntâncias, julgo que se correrá o risco de se verificar uma elevada abstenção nas eleições autárquicas. Com três actos eleitorais num espaço de 4 meses e com as eleições autárquicas apenas 15 dias após as legislativas a saturação dos eleitores em relação às eleições pode conduzir a que as eleições possam sofrer com uma fraca participação.
Por outro lado, em relação ao argumento de que a simultaneidade impedia a discussão separada das questões nacionais e locais, creio que se pode manter mesmo com a separação das datas. Recordo que durante o período de campanha eleitoral autárquica poderá estar em discussão a formação de uma maioria parlamentar com maior ou menor polémica caso não se verifique nenhuma maioria absoluta.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Vale tudo!
O Parque da Bela Vista receberá um evento de promoção de um hipermercado no próximo Sábado. É um almoço com um concerto de Tony Carreira no âmbito de uma campanha publicitária do hipermercado Modelo
O Parque da Bela Vista é um espaço público municipal cuja responsabilidade é do vereador com o pelouro dos espaços verdes - José Sá Fernandes.
Sim, o mesmo Sá Fernandes que tanto criticou a realização do Rock in Rio naquele espaço, agora parece que não só autoriza, como apoia e até é co-organizador do concerto de Tony Carreira num período pré-eleitoral tão conveniente... Não há palavras para tamanha falta de coerência, para tanto oportunismo.
Mas também não posso deixar de registar a passividade (suponho que concordância) de todos quantos no passado fizeram questão de criticar, de atacar com tanta militância e agressividade a utilização daquele espaço para a realização de eventos musicais e culturais e de lazer.
Então e onde está o protocolo para realização do evento previamente discutido em reunião da CML? Esqueceam-se... E o acompanhamento do Observatório do Parque da Bela Vista? Já não é preciso... E quais são as contrapartidas? Depois veremos... E a isenção de taxas proposta à Assembleia Municipal? ? Não me digam que o Modelo vai pagar taxas? Claro que não!
Este concerto de Tony Carreira é uma organização conjunta dos hipermercados Modelo e da câmara municipal... Extraordinário! Mas agora tudo é permitido. Agora vale tudo!
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Lisboa - navegação à vista
O actual mandato da Câmara Municipal de Lisboa fica marcado por um conjunto de intervenções em Lisboa que prejudicam a cidade e que têm em comum o facto de serem de iniciativa do governo, mas que contaram com o apoio empenhado do actual presidente da câmara. Aliás, à falta de obra para apresentar, António Costa julgou poder capitalizar com estas intervenções.
Primeiro a terceira travessia do Tejo, depois a ampliação do terminal de contentores de Alcântara, mais recentemente a intervenção no Terreiro do Paço. Em todos os casos, António Costa, que começou por ser apoiante entusiasta daquelas intervenções na cidade, percebeu que eram intervenções amplamente condenadas pelos munícipes e pela opinião pública. Então, rapidamente procurou mudar de opinião e encenar aparentes discordâncias para logo de seguida aparecer como responsável pelas alterações (na verdade apenas cosméticas) impostas aos projectos.
Com a terceira travessia do Tejo, António Costa acabou a reivindicar que a ponte baixasse dois ou três metros e que fosse incluída a patética pista ciclável na ponte. Mas mantêm-se as dezenas de milhares de automóveis a entrar diariamente na cidade. No caso do terminal de contentores prometeu um jardim enquanto a operadora não necessite do espaço e exigiu uns corredores para se ver o rio entre os contentores. Mas mantém-se o muro de contentores e o aumento dos camiões em Lisboa. Quanto ao Terreiro do Paço afinal já não acha o projecto magnífico e provavelmente acabará a condenar a intervenção.
Lisboa é governada ao sabor de iniciativas de terceiros e condicionada pelas reacções em cada momento, sem iniciativa própria e com obsessão pela popularidade e pelas consequências eleitorais.
texto publicado no jornal Meia Hora
Primeiro a terceira travessia do Tejo, depois a ampliação do terminal de contentores de Alcântara, mais recentemente a intervenção no Terreiro do Paço. Em todos os casos, António Costa, que começou por ser apoiante entusiasta daquelas intervenções na cidade, percebeu que eram intervenções amplamente condenadas pelos munícipes e pela opinião pública. Então, rapidamente procurou mudar de opinião e encenar aparentes discordâncias para logo de seguida aparecer como responsável pelas alterações (na verdade apenas cosméticas) impostas aos projectos.
Com a terceira travessia do Tejo, António Costa acabou a reivindicar que a ponte baixasse dois ou três metros e que fosse incluída a patética pista ciclável na ponte. Mas mantêm-se as dezenas de milhares de automóveis a entrar diariamente na cidade. No caso do terminal de contentores prometeu um jardim enquanto a operadora não necessite do espaço e exigiu uns corredores para se ver o rio entre os contentores. Mas mantém-se o muro de contentores e o aumento dos camiões em Lisboa. Quanto ao Terreiro do Paço afinal já não acha o projecto magnífico e provavelmente acabará a condenar a intervenção.
Lisboa é governada ao sabor de iniciativas de terceiros e condicionada pelas reacções em cada momento, sem iniciativa própria e com obsessão pela popularidade e pelas consequências eleitorais.
texto publicado no jornal Meia Hora
terça-feira, 9 de junho de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
Às pressas...
Sá Fernandes parece que pôs tudo num virote. Anda frenético a tentar deixar umas obras. De tanta precipitação anda a falhar os prazos. Já não se percebe bem se o importante é anunciar que se fez mesmo sem ter concluído ou fazer alguma coisa com princípio meio e FIM...
Esta foto foi tirada no dia 30 de Maio... Atentem na data que está no vistoso cartaz na Alta de Lisboa...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Terreiro do Paço - direito à indignação
O estudo prévio do projecto do Terreiro do Paço foi aprovado em reunião da câmara municipal de Lisboa na passada semana.
A proposta apresentada impõe alterações significativas na praça, modificando o pavimento nos materiais, no desenho e até em altura. Altera as circulações e a configuração da zona central, chegando a propor a criação de degraus.
O Terreiro do Paço é a praça mais importante da cidade e seguramente uma das mais importantes do país.
Não é aceitável que a intervenção seja da iniciativa de uma sociedade criada pelo governo sem participação da câmara municipal no capital ou na administração, mas que serve os intuitos do presidente da câmara e conta com a sua aprovação.
Não é compreensível que alterações num espaço tão relevante para a cidade sejam efectuadas sem concurso.
Não é admissível que uma operação tão profunda naquela praça não seja precedida de uma ampla e participada discussão pública.
A pressa, o desespero em querer apresentar obra, qualquer obra para as eleições autárquicas, quando durante todo o mandato nada fez na cidade, leva António Costa a agir de forma irresponsável e a desrespeitar a cidade e os lisboetas.
Não pode, alguém que passa pela presidência da câmara, em fim de mandato, e por razões eleitoralistas, usar a praça mais importante da cidade como instrumento para iludir os lisboetas com obras que ficaram por fazer na cidade.
Perante a situação de atropelo às mais elementares regras de bom senso e de responsabilidade no governo da cidade, os lisboetas têm de se mobilizar para travar este atentado à cidade de Lisboa. Para além da indignação temos de agir! Temos de parar esta irresponsabilidade.
texto publicado no jornal Meia Hora
A proposta apresentada impõe alterações significativas na praça, modificando o pavimento nos materiais, no desenho e até em altura. Altera as circulações e a configuração da zona central, chegando a propor a criação de degraus.
O Terreiro do Paço é a praça mais importante da cidade e seguramente uma das mais importantes do país.
Não é aceitável que a intervenção seja da iniciativa de uma sociedade criada pelo governo sem participação da câmara municipal no capital ou na administração, mas que serve os intuitos do presidente da câmara e conta com a sua aprovação.
Não é compreensível que alterações num espaço tão relevante para a cidade sejam efectuadas sem concurso.
Não é admissível que uma operação tão profunda naquela praça não seja precedida de uma ampla e participada discussão pública.
A pressa, o desespero em querer apresentar obra, qualquer obra para as eleições autárquicas, quando durante todo o mandato nada fez na cidade, leva António Costa a agir de forma irresponsável e a desrespeitar a cidade e os lisboetas.
Não pode, alguém que passa pela presidência da câmara, em fim de mandato, e por razões eleitoralistas, usar a praça mais importante da cidade como instrumento para iludir os lisboetas com obras que ficaram por fazer na cidade.
Perante a situação de atropelo às mais elementares regras de bom senso e de responsabilidade no governo da cidade, os lisboetas têm de se mobilizar para travar este atentado à cidade de Lisboa. Para além da indignação temos de agir! Temos de parar esta irresponsabilidade.
texto publicado no jornal Meia Hora
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