quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Notas sobre o fim da negociação do Orçamento de Estado

Resguardar as famílias do aumento de 6 para 23% de bens alimentares essenciais e não as prejudicar (especialmente as mais numerosas) com uma limitação cega das deduções com educação, saúde e habitação sem ter em conta o número de membros do agregado familiar, era o mínimo. Até isto o Governo recusou.

Depois do esforço de Pedro Passos Coelho que inclusivamente abdicou das posições iniciais com o risco de ser criticado por ter modado a sua posição, não é justo continuar a pressionar o PSD para viabilizar o Orçamento. Porque não pressionam o governo?! É inadmissível a atitude de banqueiros, presidente da comissão europeia, etc...

Agora colocam-se dois caminhos: Se o PSD chumba o orçamento vai ser acusado do descalabro económico do país e das contas públicas que, diga-se, é inevitável mesmo com orçamento. Se o viabiliza será acusado de ser cúmplice desse mesmo descalabro. E ainda será brindado com críticas no interior do PSD, ironicamente, daqueles que defenderam a viabilização do orçamento sem alterações. Ambas as alternativas serão ingratas para Pedro Passos Coelho. Mas o país precisa, mais que nunca de um líder capaz de resistir à adversidade. Só resistindo demonstrará estar preparado para enfrentar a adversidade no governo do país.

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