Nos últimos meses algumas das principais apostas de António Costa caíram. Felizmente para a cidade, o presidente da câmara foi derrotado em várias frentes.
Primeiro o Terminal de Contentores de Alcântara. Um negócio pouco claro, uma obra prejudicial para a cidade e para os lisboetas que impunha uma barreira de contentores e que despejava centenas de camiões na cidade. Um projecto que António Costa apoiou, colocando-se ao lado do governo e do interesse de privados contra o interesse da cidade. Perdeu.
Depois era a mudança do IPO para o parque da Belavista. Uma promessa à medida da sua campanha eleitoral do partido socialista em que o governo foi cúmplice, chegou a ter até uma placa anunciando as futuras instalações, bem conveniente para a campanha eleitoral. Um ano depois o IPO fica onde se encontra e António Costa, uma vez mais, perdeu.
Recentemente a anulação do concurso para a Alta Velocidade. Também aqui o presidente da câmara foi derrotado.
Era uma solução prejudicial para os lisboetas e que impunha à cidade a entrada de dezenas de milhar de viaturas para o centro da cidade. Afinal o próprio governo disse que esta não era uma boa solução e desistiu dela.
Esta anulação é uma oportunidade para corrijir os erros, para ponderar outras propostas, para escutar especialistas. Uma oportunidade para encontrar soluções alternativas menos onerosas para o erário público mas, principalmente, menos penalizadoras para a cidade de Lisboa.
Lisboa não tem hoje um presidente da câmara que defenda os seus interesses. Tem, infelizmente, um comissário do PS a facilitar as iniciativas do governo mesmo quando estas prejudicam a cidade. Lisboa tem hoje um presidente da câmara concentrado em criar condições para tentar desempenhar um papel de responsabilidade nacional.
texto publicado na edição de Outubro do Jornal de Lisboa
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário