Há cerca de um mês António Costa atacou o seu sucessor no ministério da administração interna criticando a política de segurança em Lisboa. Na ocasião foi muito oportuno pois permitiu alijar responsabilidades sobre um problema de Lisboa, mas na realidade foi mais um sinal da permanente confusão de António Costa ministro ou António Costa presidente da câmara.
Agora o presidente da câmara de Lisboa critica a lei das finanças locais que entrou em vigor há pouco mais de dois anos. Mas o que é extraordinário é que esta lei é da autoria do então ministro António Costa. Sim, de facto é confuso: o ministro António Costa aprova uma lei que o presidente da câmara António Costa critica. Confuso? É que dois anos depois de ter sido eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa parece não ter percebido que já não é ministro, já não é oposição. Agora é presidente.
Mas António Costa agora tem razão. Esta lei das finanças locais é desadequada para os municípios mais populosos e é particularmente gravosa para Lisboa enquanto capital pois não considera os chamados custos da capitalidade tais como a grande concentração de organismos públicos, a duplicação diária de população em virtude do desequilíbrio entre habitantes e população flutuante (o dobro) ou obrigação de assegurar infra-estruturas e serviços para este universo.
O ministro António Costa foi atempadamente avisado dos erros da lei que teimosamente quis aprovar. Pode até, o presidente António Costa, ter chegado à mesma conclusão, mas aconselharia o pudor que fosse mais discreto. De outra forma, dificilmente alguém levará a sério o Dr. António Costa.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
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