Este novo monstro cresceu essencialmente durante os anos 90
e constitui hoje uma estrutura autárquica paralela que em alguns casos
substitui a acção do órgãos próprios da autarquia e noutros casos sobrepõe-se à
organização da CML, duplicando funções, pessoal e custos.
A experiência da actividade destas entidades não se tem
traduzido em ganhos de eficiência ou de eficácia, antes aumentando encargos com
resultados de exploração deficitários. Em vez de ajudarem a gestão autárquica,
a maioria destas entidades constitui um peso para a autarquia e para os
cidadãos.
Recentemente, o memorando de entendimento assinado com a
“troika” com vista à ajuda financeira a Portugal idêntica as empresas
municipais como factor de ineficiência do estado, obrigando Portugal a diminuir
estas entidades.
Lisboa pode dar um importante contributo para o cumprimento
do compromisso assumido pelo estado português com a “troika”, reduzindo de modo
o universo de participações municipais. Deste modo, Lisboa poderá ajudar-se a
ela própria, diminuindo os encargos com estas entidades e procurando soluções
de maior eficácia na gestão das vastas atribuições por elas pulverizadas,
reassumindo algumas funções ou procurando parceiros para o exercício de algumas
tarefas.
Deve ainda aproveitar-se a ocasião para tornar mais
transparente este universo de entidades que gravitam em torno na CML, aplicando
critérios claros para o seu funcionamento e viabilidade, bem como objectivos no
papel que devem desempenhar.
texto publicado na edição de Setembro do Jornal de Lisboa
texto publicado na edição de Setembro do Jornal de Lisboa
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