Tive conhecimento do envio, por parte da candidatura à Distrital de Lisboa da companheira Helena Lopes da Costa, de uma carta dirigida aos autarcas de Lisboa.
O seu conteúdo é ofensivo do respeito merecido pelas pessoas, pelas estruturas locais do partido e pela ética que deve presidir na conduta de quem ocupa cargos políticos públicos em nome do PSD. Num estilo panfletário, populista e pouco rigoroso, promete reconduções nos cargos a uns e condena outros ao degredo com um atrevimento típico de quem não conhece, desrespeitando as estruturas com competências estatutárias para essa decisões, mas mais grave, desprezando o trabalho que alguns militantes desenvolveram em nome do PSD e que é seu património comum.
Sinto-me na obrigação, por imperativo de consciência, em defesa do trabalho que bem conheço desenvolvido por centenas de autarcas do PSD na cidade de Lisboa, em defesa do respeito e consideração pelos órgãos do partido, por respeito pelos muitos militantes que têm colaborado no trabalho autárquico desenvolvido pelo PSD em Lisboa no passado, no presente e no futuro, mas sobretudo em nome dos princípios de que não abdico, de denunciar esta agressão ao património colectivo do nosso partido que são todos os nossos militantes e o trabalho por eles realizado em nome do PSD.
A companheira Helena Lopes da Costa lança argumentos falaciosos, promovendo a intriga pessoal, apropriando-se de vitórias que não só não participou como foi ostensivamente contra, como foi caso da escolha do candidato e respectiva vitória do PSD para a Câmara Municipal de Lisboa em 2005 e de que, como sabem, fui testemunha privilegiada.
Mais grave ainda, utiliza as derrotas do partido para com isso justificar a sua metodologia e estratégia. Faz referência à "derrota humilhante de Julho de 2007".
De facto foi uma derrota muito sentida.
Contudo ela foi travada com a lealdade para com partido por um conjunto alargado de militantes, num contexto político difícil, mas onde Todos fizeram um enorme esforço, em nome do PSD, para vencer, tal como o tinham feito com Marcelo Rebelo de Sousa, Macário Correia, Ferreira do Amaral, Pedro Santa Lopes e Carmona Rodrigues.
E onde estava Helena Lopes da Costa? Esteve longe… Sem nunca manifestar qualquer apoio ou solidariedade para aqueles que se dispuseram a dar a cara pelo PSD. Mas pronta para utilizar a derrota em benefício da sua ambição de poder.
Tenho uma história de muitos anos de trabalho autárquico em Lisboa de que me orgulho ao serviço PSD e de Lisboa, enquanto autarca de freguesia, membro da Assembleia Municipal, vereador da oposição e vereador com pelouros no executivo municipal.
Sempre trabalhei numa estreita relação com todos os presidentes de Juntas de Freguesia e demais autarcas. Fiz sempre questão de prestar contas do trabalho desenvolvido. Foi um trabalho fantástico que, em conjunto, partilhámos e concretizámos para a cidade de Lisboa. Cada um com as suas competências mas sempre com o mesmo objectivo: Assumir o compromisso do PSD para com a cidade de Lisboa, correspondendo aos anseios dos Lisboetas. Colocar em causa este trabalho é colocar em causa o trabalho de cada um destes autarcas o que manifestamente não merecem.
Prezo a autonomia das estruturas locais e considero fundamental a solidariedade e o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por militantes que enquanto autarcas dão a cara em nome do PSD defendendo as propostas do PSD, tentando representar o PSD com dignidade.
Tomo a liberdade de apelar à vossa participação neste acto eleitoral de quinta-feira próxima, 8 de Novembro, e dizendo de uma forma convicta que apoio e voto na candidatura do companheiro Carlos Carreiras.
Respeitar, valorizar e defender aquilo que cada militante faz em nome do PSD como património colectivo. Motivar cada militante, aplicando o que cada um melhor pode, sabe e quer fazer. Respeitar as diferenças, congregar vontades, unir esforços. É tudo isto que o PSD de Lisboa precisa. É tudo o que Carlos Carreiras pode promover.
Saudações sociais democratas,
António Prôa
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
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